Wilson Sons - Guarujá, amplia a construção de rebocadores

Por Settaport em 03/05/2017

A Wilson Sons está ampliando o trabalho de construção de rebocadores em seu estaleiro localizado em Guarujá. A empresa Saam Smit Towage do Brasil encomendou a produção de duas destas embarcações portuárias de propulsão azimutal.

 

A previsão é de que os rebocadores sejam entregues em 20 meses, após o primeiro pagamento do acordo. Por questões comerciais, o valor do contrato não foi informado. 

 

Os navios devem ter 24 metros de comprimento, 11 metros de largura e tração estática de 70 toneladas, com projeto elaborado pela Damen Gorinchem Shipyards, parceira da Wilson Sons no Brasil há mais de 20 anos.

 

A expectativa é de que os trabalhos no estaleiro do Guarujá comecem em três meses, prazo estimado para a chegada dos suprimentos, como o aço que é o material principal para a construção das embarcações. Depois da fase de montagem e, ao final do processo, os testes.

 

Mais rebocadores

 

Esse é o segundo contrato entre as duas empresas. No ano passado, outras duas embarcações haviam sido encomendadas. Com o novo acordo, o estaleiro passa a contar com uma carteira de encomenda de seis rebocadores: as quatro para própria a Saam Smit e outros dois modelos maiores para a Wilson Sons Rebocadores, com entregas previstas até dezembro de 2018.

 

 

O diretor-executivo da Wilson Sons Estaleiros, Adalberto Souza, disse em comunicado a acionistas que “a assinatura deste contrato reforça a competitividade na execução, entrega e qualidade das embarcações produzidas pela Wilson Sons, em um momento notadamente difícil para a indústria naval brasileira”.

 

Talvez por esse cenário econômico, o aumento da produção do estaleiro não deva significar novos postos de trabalho na região. “É difícil precisarmos o número de empregos gerados por mais este contrato, mas ele, com certeza, nos ajudará a manter o estaleiro em atividade com o nível operacional que temos hoje”, afirma Souza.

 

Ampliando o leque

 

A Wilson Sons Estaleiros é especialista na construção de rebocadores e de embarcações de apoio offshore e faz parte do Grupo Wilson Sons, que realiza operações integradas de logística portuária e marítima e soluções de cadeia de suprimento no mercado brasileiro, atuando na indústria de óleo e gás, no comércio internacional e na economia doméstica.

 

Além das construções em andamento e pensando no momento econômico atual, o estaleiro pensa em ampliar a gama de serviços oferecidos. Algumas das opções pretendidas é a área de reparo naval. 

 

“Essa é uma alternativa para manter o estaleiro ocupado e operacional. Estamos buscando também construir embarcações para outros mercados, menos dependentes da indústria de óleo e gás, como, por exemplo, empurradores, barcaças, e ferry boats”, diz o diretor.

 

Souza explica que, no caso dos empurradores, este tipo de embarcação tem sido cada vez mais utilizado no Amazonas no fluxo de transferência da soja. “A ideia é construir aqui, em Guarujá, e enviar para lá”.

 

Fonte: A Tribuna.com.br
Foto: Divulgação



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